terça-feira, 11 de setembro de 2007

O Exercício Físico e a Osteoporose


Por Luiz Vieira[1]



A saúde do ser humano mais do que nunca em tempos modernos é um reflexo do estilo de vida que se adota. Isto, por sua vez, influi diretamente, positiva ou negativamente, na qualidade de vida.
À medida que novos fatos surgiram, enquanto outros foram evidenciados, conceitos tiveram de ser modificados. Um deles é o de saúde. Eis o fato da Organização Mundial da Saúde (OMS) não considerá-la mais como apenas a ausência de doença, mas também o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Isto pressupõe que uma pessoa sentido-se saudável, na verdade pode não estar.
Para efeito elucidativo da afirmação supradita toma-se como um exemplo de doença “silenciosa” que acomete aos poucos o ser humano, principalmente as mulheres, a Osteoporose. Esta pode ser definida, conforme Simão (2004), como a perda da densidade óssea normal, com aumento da fragilidade e da propensão às fraturas de punho, úmero e da porção proximal do fêmur (colo), sem contar na compressão de vértebras (provocando cifose progressiva), uma dolorosa conseqüência em função da desmineralização, isto é, da perda de tecido ósseo.
Vários são os fatores de risco que contribuem ao aparecimento desta doença degenerativa, conhecida popularmente de “reumatismo no sangue”. São eles os fatores intrínsecos ao indivíduo, como pele clara, corpo delgado, histórico familiar de osteoporose prematura, descendência européia ou asiática, idade avançada, amenorréia, menopausa precoce e nuliparidade (condição daquela que nunca pariu). Dentre os fatores extrínsecos estão o estilo de vida sedentário, consumo excessivo de cigarros, álcool, café e uso de corticóides. (SIMÃO, 2004)
A manifestação dessa doença pode dar-se de dois tipos:
Tipo I (pós-menopausa): manifesta-se com fraturas principalmente de rádio e vértebras e
Tipo II (senil): surge com fraturas do colo do fêmur, em indivíduos (principalmente em mulheres) acima dos 60 (sessenta) anos.
Para se prevenir da Osteoporose, é preconizada a realização de níveis adequados de atividade física durante a juventude, em função do alcance de uma boa massa óssea.
Preocupe-se com a Osteoporose, você que se enquadra no perfil de futuro osteoporótico (a), pois, de acordo com a OMS, cerca de 40% das mulheres terão pelo menos uma fratura vertebral até os 80 anos; 15% terão uma fratura de quadril ao longo de suas vidas e 15% terão fratura de punho aos 50 anos ou mais.
A inatividade física (hipocinesia) é um dos fatores que contribuem para a perda progressiva de massa óssea, sem contar os orgânicos. Portanto, estimular a osteogênese, ou seja, o aumento da densidade mineral óssea, é o melhor meio de se tentar reverter esse quadro, uma vez que o exercício físico não tem somente um efeito sistêmico, mas também um efeito local sobre o osso. Os exercícios com pesos (musculação), por estressarem o tecido ósseo a ponto de modificar positivamente sua arquitetura interna, são os mais aconselháveis, desde que bem orientados por profissionais capacitados como médicos e professores de educação física. Mude desde já seus hábitos através desses saberes, afinal a situação da sua saúde depende inteiramente de você.



REFERÊNCIA:

SIMÃO, Roberto. Fisiologia e prescrição de exercícios para grupos especiais. São Paulo: Phorte, 2004.


[1] Acadêmico do 5º período do curso de Licenciatura Plena em Educação Física da UEPA, Campus de Santarém.

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