quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ENTREVISTA

Implementação da Universidade Federal do Oeste do Pará a todo vapor


Por Carla Pimentel e Gilmara Ribeiro


A transformação dos campi da UFPA e da UFRA, situados em Santarém, em uma instituição autônoma está em pleno andamento. Depois de propor um inovador projeto pedagógico para a formação de profissionais no Norte do País, o próximo passo é concluir as obras de infraestrutura e iniciar a contratação de professores e técnico-administrativos.

Para a coordenadora do Campus da UFPA em Santarém, Marlene Escher, várias condições levaram a instituição a se tornar uma universidade independente. Entre elas, a vontade política de criar uma universidade no interior da Amazônia, a localização central e estratégica na região, o fato de ter um campus interiorizado que já oferecia vários cursos de graduação e um programa de pós-graduação e a existência de uma estrutura administrativa que poderia se tornar o embrião da nova instituição.

Em entrevista concedida ao Jornal Olho de Boto, Marlene Escher, tira algumas dúvidas sobre a criação da Nova Universidade.

Olho de Boto: De acordo Glauce Monteiro, da Assessoria de Comunicação da UFPa, em março de 2010, a Universidade da Integração Amazônica (UNIAM) ou Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) receberá seus primeiros alunos. Qual a atual situação do processo de criação da nova Universidade? Ela realmente será inaugurada em Março?

Marlene Escher: O projeto de lei 2.879/2008 está tramitando no senado. Depois de aprovado irá para a sanção do Presidente da República.

Provavelmente será inaugurada antes de março. A partir da sanção do Presidente e da publicação da lei, a universidade passa a existir legalmente. Na minha opinião, ainda esse ano, até novembro, a UFOPA estará criada.

Olho de Boto: Qual é, afinal, o nome da nova Universidade?

Marlene Escher: O projeto que foi apresentado é Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), mas existe uma vontade do Presidente da Comissão, professor Seixas Lourenço e de outras pessoas de que ela se chame UNIAM.

Olho de Boto: Quem assumirá a direção da UNIAM?

Marlene Escher: O presidente da comissão Seixas Lourenço. Ele assumirá a comissão, será Reitor pró-tempore.

Olho de Boto: Como ficará a sua situação que hoje é a atual Coordenadora do Campus?

Marlene Escher: Eu não sei dizer como ficará a minha situação e do professor Juarez Galvão, mas continuarei a ser professora do curso de Direito. Eu não sou coordenadora, eu estou coordenadora.

Olho de Boto: Os alunos que concluirão a Graduação no final do ano de 2010 serão diplomados pela UFPA ou pela UNIAM?

Marlene Escher: Pela lei os alunos seriam diplomados pela UFOPA, mas a lei não é taxativa, então todos que entraram antes de 2009 poderão optar, salvo, se isso trouxer prejuízo à Instituição (UFOPA) em função da matriz orçamentária.

Olho de Boto: Quais os benefícios que a UNIAM trará para os alunos que já estudam na UFPa?

Marlene Escher: Primeiro, a ampliação do quadro docente e técnico. Segundo, incentivo à pesquisa. Depois a ampliação da infraestrutura. E o principal, a partir da UFOPA vamos ter mais autonomia.

Olho de Boto: Quais a suas expectativas em relação à criação da UFOPA?

Marlene Escher: As minhas expectativas são as melhores possíveis. Eu acredito que ela vai causar um impacto positivo principalmente para a região Oeste do Pará. No meu entendimento, é o maior investimento feito na região, pois, investir na educação é viabilizar desenvolvimento e desenvolvimento sustentável, desde que os que estiverem à frente ajam com inteligência.

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