terça-feira, 21 de outubro de 2008

Poeta santareno

Felisbelo Jaguar Sussuarana

Saiba mais um pouco sobre a vida deste poeta mocorongo

Foram seus pais Alexandre Alves da Silveira Sussuarana e Filomena Nóvoa Sussuarana. O poeta nasceu em Santarém a 28 de abril de 1891 e faleceu a 10 de outubro de 1942, em sua cidade natal. Ele iniciou seus estudos em Santarém e depois em Belém estudou até a terceira série ginásio.
Foi casado com Raimunda Miranda Sussuarana e com ela teve cinco filhos: José Maria, Edmir, Maria Madalena, Wladimir e Joana D Arc. Em segunda núpcias com Antônia Ceci Carvalho Sussuarana, que lhe deu seis filhos: Claudionor, Felisberto, Miriam, Renato, Jairo, e Emanuel.
Voltando a sua cidade natal, o escritor torna-se um autodidata, dominando vários campos de conhecimento como o da filologia, o da gramática. Na poesia ele doi romântico, parnasiano, simbolista e modernista. Para o teatro criou peças dramáticas: ”O Divino Martírio” e comédia “República das Saias” e revistas regionais “Seu libório”, “Eu vou Telegrafar”e “olho de Boto”.
Assim como o escritor Paulo Rodrigues dos Santos, Felisbelo preferia pseudônimo: Flávio Tapajós, Mane joão, Flavius, Vespa, Mundico Mlagueta, Índio Tupaiuna, Chico do Futuri e professor X.
O MERGULHO DE FELISBELO SUSSUARANA NO CLARO-ESCURO DO HOMEM E DA OBRA foi produzido por seu filho Felisberto Sussuarana, para comemorar o centenário de nascimento de seu pai. A produção foi editada pelo prefeito Ronan Liberal e lançada em 22/06/1991, quando Santarém festejava 330 anos de Fundação.
Felisbelo Jaguar Sussuarana foi homenageado pelo governador do Estado do Pará, que deu o nome do poeta a uma escola de segundo grau, inaugurada em 1980.


Em busca de alegria

Entra no bar, o passo tardo, e sonda
com mudo olhar a sala, a procurar
um pouco; e vai-se, após, triste, sentar
junto a uma branca sórdida e redonda.

Sorve depois a tóxica e hedionda
bebida predileta, e sem mirar
este que palra, aquele a gargalhar,
da dor busca olvidar a negra ronda.

E bebe, e bebe mais... E, assim, bebendo,
com ânsia, com furor vai-se esquecendo
das garras das desdita que o atrofia.

E, ébrio, é feliz e bela a vida sente.
e rindo com seu riso de inconsciente,
encontra, enfim, um pouco

Por Marcela Lima

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