sexta-feira, 27 de junho de 2008

Arte na Escola realiza oficinas em Curuá




O Projeto Arte na Escola(UFPA), pólo de Santarém, esteve realizando nos dias 31 de maio e no dia 1º de junho as oficinas: O que é Arte? e Arte Moderna dos intelectuais paraenses: Eneida de Moraes e Ismael Nery. Estiveram participando cerca de 45 professores de Curuá que trabalham com arte.
As oficinas constaram das partes teórica e prática.Dentre as atividades, os professores recriaram a obra de arte de Ismael Nery com terra colorida. A equipe do Arte na Escola desenvolveu ainda o trabalho através de planos.
As realizações das oficinas só foram possíveis com o apoio da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Curuá.
O Projeto Arte na Escola tem como objetivo principal a capacitação de professores que trabalham com a disciplina de artes, já que em nossa cidade não há um curso de graduação nesta área. Em Santarém, o projeto é coordenado pela professora especialista Maria Luiza Pimentel que conta com o apoio de alunos voluntários do curso de Letras da Universidade Federal do Pará, Campus de Santarém.

sábado, 21 de junho de 2008

Alcoolismo: doença, sim!


A maioria das pessoas pode curtir um copo de vinho no jantar ou uma cerveja com os amigos. Mas, para outras, um copo torna-se dois, dois se tornam quatro e assim sucessivamente. Elas são simplesmente incapazes de parar de beber. E é aí que está o perigo, esta pessoa pode ser alcoólatra.
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionado ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as conseqüências decorrentes.
Nem toda pessoa que abusa do álcool pode ser considerada alcoólatra, mesmo que o consumo afete a família ou as responsabilidades de trabalho, ou exponha a pessoa a situações de perigo - como dirigir embriagado -, essa pessoa não é necessariamente alcoólatra. Apesar de abusar do álcool, o que não é nada saudável, pode não desenvolver uma dependência física. Já o alcoólatra, por outro lado, têm uma doença crônica. O alcoólatra é fisicamente dependente do álcool, ele sente necessidade deste como quem sente vontade de comer, eles desenvolvem uma tolerância ao álcool, precisando sempre de mais e mais bebida para sentir os mesmos efeitos, e, uma vez que começam, dificilmente conseguem parar. Quando o alcoólatra tenta parar de beber, experimenta os sintomas da abstinência: suores, náuseas, ansiedade, delírios, visões, tremores intensos e confusão mental.
A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada pela negação dos pacientes quanto a sua condição de alcoólatras. Além disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos.
Há, atualmente, várias formas eficazes de se tratar o alcoolismo. O método mais simples, para casos mais leves, é a realização de consultas periódicas com uma equipe multidisciplinar experiente (incluindo psiquiatra ou psicólogo) com o apoio da família, onde são discutidas as dificuldades de abandonar o vício e encorajados os esforços. Estudos mostram que este é um método eficaz em reduzir o uso do álcool, dependendo diretamente da freqüência das consultas.
Outro método muito eficaz são os grupos de auto-ajuda, particularmente os alcoólicos anônimos. Esses são baseados em variações do programa de 12 passos, além de reuniões freqüentes. Os resultados dos AA são difíceis de avaliar, mas aproximadamente um terço permanece sóbrio de 1 a 5 anos, e um terço por mais que 5 anos. Outro conceito diferente de grupo de apoio é o de "Consumo Controlado", onde recomenda-se o uso em doses adequadas da bebida. A principal diferença é que no primeiro o alcoólatra tem que reconhecer que é incapaz de controlar a própria vida, no segundo afirma-se que o alcoólatra deve retomar esse controle.
Casos mais sérios devem ser acompanhados por psiquiatra para tratamento psicoterápico e medicamentoso. Muitos alcoólatras apresentam distúrbios psiquiátricos que necessitam de tratamento, e outros sofrem de sintomas de abstinência quando param de beber, conseqüência da dependência física do álcool. Geralmente, não é necessária internação para desintoxicação, pois a eficácia não é maior. No entanto, certos casos devem obrigatoriamente ser internados.
Concluindo, o álcool é responsável, além de diversas doenças, por grande parte dos atos de violência e dos acidentes dos mais variados, desde trânsito até de trabalho. Apesar das suas conseqüências desastrosas, o ato de beber é considerado parte fundamental do convívio social, dificultando as campanhas (muito aquém do necessário) de conscientização. No extremo do ato de beber, encontramos os alcoólatras, dependentes do álcool que devem contar com o apoio e compreensão da sociedade para sua recuperação, que deve abandonar o preconceito e tratá-los com respeito.




Algumas estatísticas sobre o álcool
O alcoolismo acomete de 10% a 12% da população mundial e 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107 maiores cidades do país
A incidência de alcoolismo é maior entre os homens do que entre as mulheres
A incidência do alcoolismo é maior entre os mais jovens, especialmente na faixa etária dos 18 aos 29 anos, reduzindo com a idade
A álcool é responsável por cerca de 60% dos acidentes de trânsito e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) entre estudantes do 1º e 2º graus de dez capitais brasileiras, as bebidas alcoólicas são consumidas por mais de 65% dos entrevistados, estando bem à frente do tabaco. Dentre esses, 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade. Então por isso proibirão venda de alcool a menores de 16 anos.
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria - Abuso e Dependência do Álcool

sexta-feira, 20 de junho de 2008

EXERCÍCIO FÍSICO E HIPERTENSÃO ARTERIAL


Se você é daquelas pessoas intemperantes, adora degustar demasiadamente doces e salgados e, acima de tudo, é sedentária, cuidado! Você pode estar em quadro clínico de risco de desenvolvimento de doenças.

Quando o assunto é coração, a preocupação deve dobrada. As enfermidades que atacam esse órgão são várias, dentre elas estão: disritmia cardíaca, isquemia do miocárdio, disfunção ventricular esquerda, doença da artéria coronária, enfarto do miocárdio, angina, entre outras1, no entanto, uma que causa grande temor é a hipertensão arterial. Esta pode ser definida simplesmente pela crônica e persistente elevação da pressão sanguínea2, que vem sendo considerada nos últimos tempos um dos maiores problemas de saúde pública das “sociedades avançadas”, tendo em vista os seus fatores de agravo relacionados, como o estresse profissional e pessoal, dieta inadequada e falta de prática de exercícios físicos3. Por conta disso, fica estimado em 25% da população mundial, o percentual de pessoas hipertensas, sendo que somente a metade dessa estimativa sabe disso e procura tratamento4.

A pressão arterial (PA) divide-se em sistólica e diastólica e geralmente é avaliada em milímetros de mercúrio (mmHg). Varia entre indivíduos em função de variáveis como hora do dia, atividade exercida, idade, e posição (em pé ou deitado), quando a PA é aferida. Níveis inferiores a 140/90 mmHg (ou 14/9 cmHg), dependendo da idade, é considerada normal. A tabela abaixo representa bem o enunciado.

Tab. 1 - Classificação da pressão arterial em adultos (+18 anos)


PA (mmHg)

Diastólica

<80>

80 – 90 – Pré-hipertensão

90 – 99 – Hipertensão estágio 1

≥ 100 – Hipertensão estágio 2

Sistólica

<120>

120 – 139 – Pré-hipertensão

>140 – 159 – Hipertensão estágio 1

≥160 – Hipertensão estágio 2


Fonte: Simão (2004, p. 60)

A instalação da hipertensão no organismo é assintomática, daí seu maior perigo, tornando-se perceptiva apenas em estágios mais avançados. Não obstante, alguns sintomas mais comuns podem ser reflexos do início desta doença crônico-degenerativa, são eles: dor de cabeça frontal ou nucal, náusea, vômito, tonteira, epistaxe, cansaço, palpitação e sudorese5.

Para se prevenir dessa “assassina silenciosa”, alguns cuidados devem ser respeitados. Ei-los: perder peso, caso for obeso; reduzir a ingestão de sal a menos de 2.300mg (uma colher de chá) por dia; manter a ingestão dietética adequada de potássio (frutas e vegetais); limitar a ingestão alcoólica e praticar exercícios regulares6.

Por outro lado, para manter a PA sob controle, em caso de acometido por essa doença, o aconselhado é valer-se do tratamento farmacológico, isto é, utilização dos anti-hipertensivos, mesmo que suscetíveis a efeitos colaterais diversos. Somado a isso, estão os exercícios físicos.

É recomendada aos hipertensos a prática regular de atividades físicas como meio de se controlar a PA não só por promover a perda de peso, como também, e tão importante quanto, melhorar a circulação periférica e orgânica. Ocorre, com isso, a diminuição do ônus do trabalho da musculatura cardíaca.

Aliada a isto, a dieta rica em frutas, vegetais, laticínios com baixo teor de gordura total (saturada, insaturada e colesterol) é preconizada, por recentes pesquisas, em ajudar sensivelmente a baixar a PA em pacientes hipertensos.

Vários são os estudos comprovando o efeito hipotensivo dos exercícios, desde que praticados de forma sistemática e com aconselhamento profissional. Por esse motivo, são indicados tanto na prevenção quanto no tratamento da pressão alta. As atividades aeróbicas, de força e resistidas (musculação) são ideais para baixar a pressão em repouso ao normal em pacientes propensos à hipertensão2.

Com relação aos negros, o risco de hipertensão arterial é elevado, assim como em pessoas com histórico familiar de hipertensão e idosos.

Deixar de praticar atividades físicas além de impedir a melhora da capacidade cardirrespiratória, diminuição do peso corporal gordo, aumento da massa magra, aumento da força, a melhora do perfil lipídico, a diminuição da freqüência cardíada (FC) de repouso, o aumento da FC máxima e a diminuição da PA, impossibilita a busca de uma vida mais saudável e de qualidade.

Cuide bem da sua saúde, ela lhe agradece.

REFERÊNCIAS:

1. POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3. ed. São Paulo, Manole, 2000.

2. SIMÃO, R. Fisiologia e prescrição de exercícios para grupos especiais. São Paulo: Phorte, 2004.

3. SOUSA, C. A.; HAERTEL, G. B.; SOUZA, M. C. Epidemiologia da hipertensão: exercícios físicos e comunidade. Revista Dynamis, Santa Catarina, v. 10, n. 41, p. 46-51, out/dez. 2002.

4. NESRALLA, I. A. Como cuidar bem do seu coração. 2. ed. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2000.

5. FERNANDES FILHO, J. A prática da avaliação física. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

6. NIEMAN, D. C. Exercício e saúde: como se prevenir de doenças usando o exercício como seu medicamento. São Paulo: Manole, 1999.


Luiz Carlos Rabelo Vieira

Acadêmico do Curso de Educação Física da UEPA – Campus de Santarém

A importância dos Jogos Populares na Educação Física Escolar e no Cotidiano Infantil


Emanoel Adriano Oliveira Colares[1]

Na escola percebe-se a falta de um tempo próprio para a prática de atividades lúdicas que proporcionem ao aluno o resgate e vivências de jogos populares, já que as aulas de educação física, em sua maioria, são voltadas para a prática de esportes. O que vemos são os jogos populares sendo substituídos por atividades praticadas mundialmente, que não apresentam características da cultura regional.

Outros fatores que têm contribuído para o esquecimento desses jogos são a influência da mídia e do avanço tecnológico no setor do entretenimento.

Assim, os jogos eletrônicos e os brinquedos industrializados, nas suas mais diferentes formas, penetraram o cotidiano das pessoas incutindo valores estéticos, competitivos e de relações que sugerem novas formas modernas de se divertir sem o mesmo caráter educativo dos jogos tradicionais, pois os jogos eletrônicos levam ao individualismo e os brinquedos industrializados são limitados no que tange ao estímulo da criatividade, uma vez que as crianças não participam do processo de criação do brinquedo. Da mesma forma, esses brinquedos estimulam as brincadeiras individualizadas, diminuindo a oportunidade da vivência lúdica coletiva. Segundo Kishimoto: “O jogo coletivo é uma necessidade para a criança. O desejo de convivência, o instinto associativo, a vontade de fazer parte de um grupo, é força dinâmica da vida” (1998, p.150).

Diante disso, consideramos de fundamental importância para o desenvolvimento cultural da sociedade e, conseqüentemente, do aluno, a vivência de brincadeiras e jogos populares, pois através deles será possível fazer uma reflexão histórico-social acerca da cultura corporal em que se vive. Conforme Kishimoto, “[...] considerando como parte da cultura popular, o jogo tradicional guarda a produção espiritual de um povo em certo período histórico (1998, p.23).

O jogo popular aliado ao folclore incorpora a mentalidade popular, expressando-se, pela oralidade, como expõe Cascudo: “Por ser um elemento, o jogo tradicional infantil assume características de anonimato, tradicionalidade, transmissão oral, conservação, mudança e universalidade” (1984, p. 4). Assim, pode transmitir a cultura de um povo, através da tradicionalidade que esta atividade lúdica apresenta. Clarificando esta idéia, ressalta-se:

“A tradicionalidade e universalidade dos jogos assentam-se no fato de que povos distintos e antigos como os da Grécia e do Oriente brincaram de amarelinha, empinar papagaios, jogar pedrinhas e até hoje as crianças os fazem quase da mesma forma. Tais jogos foram transmitidos de geração em geração através de conhecimentos empíricos e permanecem na memória infantil”. (KISHIMOTO, 1998, pg 25).

Dessa forma, as crianças precisam conhecer estes jogos e incorporá-los nas suas vivências lúdicas, contribuindo, dessa forma, para que não sejam esquecidos. De acordo com Sutton, “[...] a cultura é passada através do jogo. Esquemas e formas de jogo passam de geração em geração, de adulto para criança e de criança para criança” (1979, p.156).

Ao incentivarmos a prática de atividades lúdicas, através de jogos populares para essas crianças nas aulas de Educação Física e em seu tempo livre, estaremos contribuindo para a formação da cidadania, estimulando-as para que despertem atitudes e conceitos de autonomia, participação, democracia, cooperação, solidariedade, fraternidade, entre outros, como afirma Huizinga: “O jogo constitui uma preparação do jovem para as tarefas sérias que mais tarde a vida dele exigirá” (2000. p.4).

REFERÊNCIAS

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: essai seu la fanction sociale du ju. SP: Gualuinara.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Jogo e a Educação Infantil. 1

ed. SP: Pioneira, 1998.

MELLO, Alexandre Moraes. Psicomotricidade – Educação Física – Jogos Infantis. 2 ed. SP: Ibrasa, 1993

NETO, Carlos Alberto Ferreira. Motricidade e Jogo na Infância. RJ: Sprint, 1995.


[1] Acadêmico de Física Ambiental – UFPA; Graduado em Educação Física – UEPA; Especializando em Psicologia Educacional – UEPA e Gestão e Docência no Ensino Superior - FIT

Literatura Paraense: Yara Cecim


Sâmela Ramos

Yara Cecim nasceu no dia 13 de maio de 1916, no sítio Caxambu, às margens do rio Tapajós, no município de Santarém. O nome da escritora significa em tupi mãe d’água, nome que a identifica com sua obra literária, que revela a valorização sem igual dos mistérios que rondam nosso imaginário. A escritora estreou na literatura só aos sessenta anos de idade, demonstrando que sua convivência com os mitos e lendas da região, tornaram-na uma excelente contadora de histórias, que reverte a tradição oral dos povos amazônidas para a literatura culta, transmitindo-as, assim, às novas gerações.

O ambiente em que cresceu Yara foi extremamente propício para aguçar a sua obra literária, pois em meio aos rios, as cidades ribeirinhas, as rodas de amigos que se reuniam à frente de sua casas para ouvir as estórias e “causos”, a autora cria sua arte a partir da beleza e inventividade das narrativas encantadas da região.

Infelizmente, pouco conhecemos desta tão brilhante escritora, sua obra quase não é lembrada nem entre nós, seus próprios conterrâneos. Sua colaboração ao folclore da região é muito significativa, pois sua obra literária registra as narrativas do mundo Amazônico que muitos não conhecem. Os seres encantados, como a iara, curupira, jurupari, cobra grande, parte do nosso imaginário, são temas indispensáveis nos contos de Yara Cecim. A leitura de suas narrativas nos mostram a genialidade de sua obra que atrai atenção do leitor.

A produção de Yara Cecim está reunida em cinco livros. Em 2004, lançou pela editora Cejup, “Lendário –Contos Fantásticos da Amazônia ” (obra reeditada com este nome, mas que em 1989 foi nomeada “Taú-Taú e Outros contos Fantásticos da Amazônia”), uma coletânea que possui lindos contos extraídos do mundo amazônico, numa narratividade singular dos mistérios e do miticismo de nossa região.

Seu filho, o também escritor Vicente Franz Cecim, foi um dos maiores incentivadores para que Yara Cecim escrevesse suas famosas histórias, que ele já ouvia desde criança contadas pela própria mãe. Isso rendeu a ela os prêmios de literatura “Samuel MacDowell” e “Terêncio Porto”, promovidas pela Academia Paraense de Letras.

A escritora Yara Cecim é um exemplo dentre os nossos grandes literários amazônicos, que precisa ser apreciada e lida, sua obra não será esquecida, mas ficará na memória dos amantes da boa literatura de expressão amazônica.

Obras de Yara Cecim
Taú-Taú e Outros Contos Fantásticos da Amazônia (1989)

Arabescos (1991)
Histórias Daqui e Dali (1993)

Folhas de Outono (1983 e 1997) Lendário (2004) Coletânea de contos amazônicos

Passeio pela Locadora


“Capote”

Marcela Lima

O filme relata a história de Truman Capote, na sua incansável investigação sobre o assassinato da família Clutter em uma pequena cidade chamada Holcomb, no Kansas (EUA), em novembro de 1959. Nesse período, Capote era correspondente da prestigiada revista americana New Yorker. Ao saber do crime Capote, (Philip Seymour Hoffman), inicia sua investigação, com a ajuda de sua amiga e escritora Harper Lee (Catherine Keener). Os dois viajam para Kansas com o objetivo de coletar informações mais precisas sobre o assassinato. Em Kansas, Capote conhece os acusados, Perry Smith e Dick Hickock e a partir daí o escritor cria um vínculo de amizade que irá transformar sua vida.

Capote escreve o livro A sangue frio, que, considerado como uma obra de não-ficção, mudará o curso da literatura norte-americana na década de 60, além de projetar no mundo um novo estilo literário, o new journalism. “Capote”, um dos 10 melhores filmes do ano, foi premiado em diversas categorias como: melhor ator de 2005; melhor atriz coadjuvante; melhor diretor e melhor roteiro, é um filme que, segundo a crítica, deve ser visto.